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ECONOMIA - Mercado eleva projeção de crescimento da economia para 2,89% em 2023



Pela quarta semana consecutiva, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 registrou um aumento significativo, passando de 2,64% para 2,89%.

Essa estimativa foi divulgada no boletim Focus, uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC), que analisa projeções para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, as expectativas continuam positivas, com uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%.

Olhando mais adiante, em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 1,95% e 2%, respectivamente.

No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira surpreendeu ao crescer 0,9% em comparação com os primeiros três meses de 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 3,4%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB brasileiro registra um crescimento de 3,2%, enquanto no primeiro semestre de 2023 a alta acumulada foi de 3,7%.

Inflação

No entanto, a inflação continua sendo um ponto de atenção. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, teve uma queda marginal de 4,93% para 4,86%.

Para 2024, a estimativa de inflação se mantém em 3,86%, enquanto para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% para ambos os anos.

É importante destacar que a previsão atual para a inflação em 2023 está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Segundo o Banco Central, há uma probabilidade de 61% de que a inflação oficial supere o teto da meta em 2023, conforme indicado no último Relatório de Inflação.

A projeção do mercado para a inflação em 2024 também está acima do centro da meta prevista, que é de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para controlar a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano.

Em resposta à queda na inflação, o Copom iniciou um ciclo de redução da Selic no mês anterior. A expectativa do mercado é que a taxa seja reduzida para 12,75% ao ano na próxima reunião, marcada para esta terça (19) e quarta-feira (20).

Selic

Os analistas do mercado financeiro projetam que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano, com uma trajetória de queda gradual.

Para o final de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9%, enquanto para 2025 e 2026, a previsão é de uma Selic de 8,5% ao ano em ambos os anos.

A movimentação da Selic tem um impacto direto nos juros cobrados dos consumidores, podendo influenciar tanto o consumo quanto a poupança e, por consequência, a expansão da economia.

Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, busca conter a demanda aquecida, mas isso também pode encarecer o crédito e desestimular o crescimento econômico.

Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,95 para o final de 2023, enquanto para o final de 2024, a expectativa é que a moeda americana alcance R$ 5. Essa projeção reflete a complexa dinâmica cambial e seus efeitos na economia brasileira.

Fonte: Jornal Contábil

 
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