CONTABILIDADE - Conheça as cinco principais tendências contábeis da atualidade!

A contabilidade, assim como diversas outras áreas, está ultrapassando por uma transição tecnológica. De agora em diante, não existe mais a escolha de aderir ou não aos novos recursos de inovação do mercado. A verdade é que ou o profissional acompanha o movimento ou irá ficar em desvantagem competitiva.

Com todas essas mudanças, é claro que as principais tendências do setor precisam ser exploradas e debatidas para que os contadores possam saber se posicionar corretamente.

Foi com esse pensamento que reunimos gigantes da contabilidade para discutir o futuro do setor com inovação e inteligência artificial (IA). O CEO da HubCount, Gabriel Capano, liderou um podcast com um bate-papo imperdível ao lado de Jhonny Martins, contador e empreendedor, Vice-Presidente da Sou Serac; Anderson Souza, CEO do Café Tributário e da Arte Fiscal; e Bruno Gomes, contador e CEO do portal Mundo Contábil.

Diversas pautas importantes foram levantadas na conversa e, portanto, decidimos destacar um resumo neste artigo e levantar um top cinco com os pontos que consideramos principais.

A conversa foi muito enriquecedora e trouxe uma visão clara sobre os desafios dessa nova era, como: a resistência de alguns profissionais com as novas ferramentas, como se destacar a partir de um diferencial para se manter competitivo, como atuar neste novo cenário e driblar os possíveis medos de serem substituídos por uma IA.

No decorrer do texto, listamos as cinco tendências que consideramos mais importantes do podcast para você se manter antenado e como ser perspicaz neste momento para performar melhor e sair na frente dos concorrentes.

1 – Transformação digital do setor

A transformação digital não é um assunto novo, mas ainda assim precisamos falar bastante sobre ela. Afinal de contas, a evolução é contínua e impacta diariamente o setor contábil.

Além disso, muitos escritórios ainda continuam apegados a processos tradicionais e precisam despertar o olhar para uma nova abordagem contábil, mais moderna e consultiva.

Segundo Jhonny Martins, mesmo que as pessoas temam o novo, já passamos por experiências semelhantes no passado com o surgimento de outras tecnologias. Portanto, ao invés de temer a mudança, os profissionais contábeis devem abraçar a transformação digital como uma oportunidade para se reinventar.

“Qualquer tipo de tecnologia que transformou o mundo, trouxe medo. Quando veio a internet, o pensamento era que ela iria dominar o mundo e desaparecer com os empregos. Falando mais sobre o nosso mercado, com a contabilidade online, muitos ficaram com receio de perderem mercado com seus escritórios. Agora é a inteligência artificial. Eu acho que do mesmo modo que alguns tipos de profissões vão acabar, outros vão surgir.”, explica.

2- Inteligência artificial como principal aliada

A IA já está abraçando as mais variadas áreas, trazendo soluções rápidas e facilitando as dinâmicas corporativas. Portanto, enxergar a IA como uma ameaça à contabilidade, não é a melhor alternativa e só vai te direcionar no sentido contrário ao mercado.

É preciso ter em mente que, ao adotar a IA, os contadores podem aumentar sua produtividade e oferecer um serviço mais personalizado. Em vez de se preocupar com a substituição pelo digital, é essencial que os contadores aprendam a usar a IA a seu favor, aproveitando sua capacidade analítica para aprimorar os serviços prestados.

“Se a gente utilizar a IA a nosso favor para apresentar resultado e manter a proximidade com o nosso cliente com o poder da análise, isso só vai agregar valor. Você tem que usar a seu favor e não contra você.”, continua Jhonny.

3- Mais analistas, menos assistentes

Toda a transformação tecnológica que a contabilidade está passando está gerando uma necessidade de mudança dentro dos escritórios. As atividades operacionais que costumavam consumir muito tempo, agora são realizadas por tecnologias, criando uma demanda crescente por analistas contábeis focados em fornecer insights estratégicos aos clientes.

A resistência à mudança pode ser um obstáculo, pois atualmente o mercado está trazendo de volta o significado do papel do contador e seu real valor no mercado, ou seja, o da ciência da riqueza.

Os profissionais que estiverem mais afiados com as análises e interpretação dos dados das empresas de seus clientes, não perderão seu espaço no mercado. A transição de assistentes para analistas é fundamental para o sucesso na era digital.

Bruno Gomes menciona exemplos de casos de serviços contábeis tradicionais que deverão ficar mais escassos.

“Percebi isso quando falamos da declaração de imposto de renda. Tiveram muitos profissionais dizendo que perderam cliente por conta da declaração pré-preenchida, porque agora o cliente sabe fazer sozinho. E aí eu levei para eles a seguinte análise: se o seu maior diferencial era entregar uma declaração, então você deve realmente se preocupar.”, conta.

4- Cultura da empresa fortalecida

A transformação digital não envolve apenas tecnologia, mas também requer uma mudança na cultura da empresa. Os contadores precisam criar uma cultura que valorize a inovação, o aprendizado contínuo e a colaboração entre os membros da equipe.

Ao integrar sistemas inteligentes, é fundamental trabalhar na capacitação dos funcionários e na construção de uma mentalidade aberta às mudanças. Uma cultura empresarial que incentiva a busca por melhorias constantes garantirá que a tecnologia seja aproveitada ao máximo e que os profissionais se sintam capacitados para enfrentar os desafios do futuro.

Quando uma empresa reconhece o valor de um colaborador e investe em sua projeção e plano de carreira, o profissional se torna mais qualificado e gera mais resultados para as empresas.

Neste novo cenário, pessoas que dominam a tecnologia são fortes candidatas a conquistar cargos de liderança para conseguir engajar e direcionar seus times.

Gabriel Capano enaltece sobre a importância de ter pessoas comprometidas com o crescimento profissional contínuo. “Se você não tem um líder bom, as coisas não andam. Sem um bom direcionamento, as pessoas não sabem o que elas precisam destravar e os caminhos que devem percorrer.”.

As empresas que produzem mais, prosperam mais, expandem sua atuação no mercado e criam mais oportunidades de emprego. Essa sinergia resulta em crescimento conjunto.

O CEO da HubCount, que recentemente lançou no mercado a primeira ferramenta de Business Intelligence com IA, o HubCount BI, compartilha sua visão de como a IA irá impulsionar os negócios. “A ideia é que as empresas possam produzir mais, rentabilizar mais, fornecer serviços de maior valor e se destacar no mercado”, enfatiza Gabriel.

5- Implementar novos departamentos nas contabilidades

Uma grande tendência do mercado é a criação de novos departamentos dentro das empresas, em especial o de tecnologia será um dos mais requisitados de agora em diante. A criação de novos departamentos nas contabilidades oferece oportunidades adicionais para o crescimento e a adaptação às demandas em constante mudança do mercado.

Além disso, a implementação de setores de marketing, experiência do cliente, qualidade, entre outros, se tornará cada vez mais comum. Esses departamentos complementam a oferta de serviços contábeis e permitem que as empresas atendam melhor às necessidades de seus clientes.

Anderson Souza enfatiza a importância da economia de tempo para o impulsionamento da produtividade e a ampliação dos escritórios contábeis.

“As pessoas terão a oportunidade de realizar trabalhos que nunca foram feitos. Departamentos que antes eram sonhos passarão a existir. Lembra quando queríamos implementar um departamento só de obrigações acessórias para validação? Ou aquele de qualidade que ainda não fizemos? Vai passar a ter, porque as empresas terão tempo para isso.”, completa Anderson Souza.

Podcast – Inovação e Tendências na Contabilidade

Além das cinco tendências que resolvemos destacar por aqui, vale muito a pena assistir o podcast na íntegra.

A conversa é bem descontraída e aborda os principais temas referentes à contabilidade, inteligência artificial, gestão, tecnologia e muito mais.

Fonte: Jornal Contábil