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TECNOLOGIA - Líder da empresa símbolo do home office, CEO da Zoom diz que presencial gera mais criatividade



Apesar de ser sinônimo de reuniões online, a Zoom, popular aplicativo de videoconferência, decidiu ir contra a maré da nova era do trabalho.

 
 

Eric Yuan, CEO da empresa, estabeleceu que alguns funcionários da companhia precisam se apresentar presencialmente nos escritórios pelo menos duas vezes por semana.

A diretriz é aplicável aos empregados que residem a até 80 km de uma sede da Zoom.

A motivação de Yuan é clara: a confiança, vista por ele como alicerce de todas as relações profissionais. Segundo o executivo, no trabalho remoto, os colaboradores têm dificuldade em estabelecer vínculos mais sólidos, o que pode impactar a confiabilidade entre a equipe. A presença física, argumenta, impulsionaria a criatividade.

 
 

Mas Yuan não parou por aí. De forma surpreendente, afirmou que "inovar" usando a plataforma da sua própria empresa é um desafio.

 
 

"Frequentemente, vocês trazem grandes ideias, mas quando estamos todos no Zoom, fica muito difícil”, revelou em uma reunião interna.

 
 

 

“Não dá para ter uma grande conversa”, prosseguiu, argumentando que as videochamadas tendem a tornar os participantes excessivamente cordiais, inibindo discussões mais profundas.

 

Home office derrotado

 
 

A adoção de ferramentas como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams disparou durante a pandemia da covid-19, em resposta às medidas de isolamento que tornaram o trabalho remoto uma necessidade.

 
 

Para contextualizar, o Zoom registrou um aumento de 169% na sua receita entre 2019 e 2020. Já o Google Meet teve seu uso ampliado em 275% apenas entre janeiro e abril de 2021 no Brasil.

 
 

Mas o modelo parece ter sido derrotado pelo hibrido, quando não, pelo retorno total ao presencial.

 
 

Em São Paulo, por exemplo, no coração financeiro do país, dados da Deskbee identificaram um aumento total de quase 50% nas reservas de estações de trabalho no primeiro semestre de 2023 contra o mesmo período de 2022, de uma base de mais de 350 mil usuários.

 
 

O mesmo vale para as salas de reunião, que tiveram aumento de 70% no mesmo período.

Fonte: Exame

 
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