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LIDERANÇA - Líder, evite a procrastinação em tomadas de decisões difíceis



O trabalho do líder de uma empresa é, naturalmente, cheio de desafios e responsabilidades, e nem todas as tarefas são agradáveis. Especialmente quando são necessárias tomadas de decisões difíceis, daquelas que terão um grande impacto para a empresa – o fechamento de um contrato, a compra de outra empresa, o encerramento de uma unidade, a contratação ou o desligamento de um colaborador de alto nível hierárquico etc.

Mas, conforme destaca Uranio Bonoldi, especialista em tomada de decisão, líderes e gestores não podem se deixar levar pela insegurança. O mais correto, segundo o escritor e palestrante, seria priorizar as tarefas difíceis para tirá-las de suas preocupações.

“Sempre oriento que essas atividades mais delicadas, que muitas vezes geram até um incômodo e que vão sendo postergadas ao longo dos dias, devem ser atacadas primeiro. De preferência, nas primeiras horas do dia, ou em um momento em que se esteja descansado o suficiente para a tomada de uma decisão mais racional e consciente. A procrastinação pode ser sinal de fuga das responsabilidades, e com ela corremos o risco de perder o controle daquilo que estamos gerindo, o que é mau para os negócios, porque o time sente a insegurança do líder”, ressalta Bonoldi, autor de Decisões de alto impacto, como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios.

Ter agilidade nas tomadas de decisões, porém, não significa ter pressa: afobar-se no processo decisório pode levar a equívocos.

“Quando a decisão demora a ser tomada porque há muitas variáveis ainda a serem consideradas, então o tempo realmente se faz necessário para uma análise mais precisa. Agora, se a demora se dá porque o líder está evitando de alguma forma o assunto, sente preguiça de se debruçar sobre o problema ou se sente sempre indisposto quando pensa no que precisa ser feito, aí estamos lidando com algo que está ligado ao comportamento, que só o líder pode resolver consigo mesmo”, aponta o especialista.

O valor do autoconhecimento

Para Bonoldi, o autoconhecimento pode ser uma ferramenta de grande importância para se lidar com a procrastinação, tanto na identificação das raízes do problema, quanto para a busca por soluções práticas.

“Muitas vezes, a necessidade de tomar uma decisão complexa pode despertar gatilhos muito íntimos, pessoais, por isso é recomendável uma avaliação interna, buscando formas de superar esses bloqueios. Por outro lado, quando conhecemos a nós mesmos, temos clareza de quais causas podem estar ativando gatilhos que nos fazem procrastinar e, com isso, é possível neutralizar o comportamento nocivo”, diz.

Bonoldi salienta ainda que a criação de uma rotina de trabalho mais estruturada pode ser um facilitador, como criação de listas e/ou planilhas com um cronograma para a organização das atividades a serem realizadas, as decisões que serão tomadas, sinalizando quais terão prioridade.

“A organização pessoal do líder é peça fundamental, porque pode se refletir em toda a cultura da empresa e faz com que as demais atividades fluam com maior naturalidade”, opina. Além disso, segundo o autor, é importante manter a gestão do tempo e estipular os melhores momentos de distração e descanso, para não se perder em redes sociais e plataformas de streaming.

“Certamente, o lazer é importante até mesmo para manter o bom desempenho no trabalho, mas é necessário estabelecer limites, distraindo-se apenas em momentos destinados para isso. Assim, líderes podem assegurar sua produtividade sem riscos de exaustão”, finaliza.

Fonte: Administradores

 
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