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PRESENCIAL - Trabalhador no escritório dedica 25% mais tempo no desenvolvimento profissional



Trabalhadores que atuam de forma presencial em escritórios dedicam 25% mais tempo em atividades de desenvolvimento de carreira do que os colaboradores que atuam de forma remota, de acordo dados de uma equipe de economistas que analisaram o trabalho em casa desde o início da pandemia.

Os profissionais de escritórios investem 40 minutos a mais por semana para orientar outras pessoas, sendo 25 minutos para treinamentos formais e cerca de 15 minutos em desenvolvimento profissional e atividades de aprendizado, de acordo com a WFH Research, um grupo que inclui o economista de Stanford, Nicholas Bloom.

Os números, baseados em pesquisas com mais de 2.400 adultos americanos que podem trabalhar de casa, dão suporte quantitativo a CEOs como o do JPMorgan, Jamie Dimon, e James Gorman, do Morgan Stanley, que afirmaram que os funcionários — especialmente os mais jovens — precisam estar no local de trabalho com mais frequência para aprender e se desenvolver ao lado de colegas mais experientes.

Trabalho híbrido

Os bancos de Wall Street foram pioneiros em campanhas corporativas que incentivaram o retorno de trabalhadores aos escritórios, mas esses esforços colidiram com as demandas dos funcionários por flexibilidade, o que ainda é um mercado de trabalho apertado nos EUA. Isso resultou em uma série de arranjos híbridos.

Quase metade dos funcionários que podem trabalhar de casa tem um esquema híbrido, enquanto pouco mais de um terço está totalmente de volta ao escritório e 20% totalmente remoto, mostram os dados da WFH Research.

Os novos números apoiam a mudança para horários de trabalho híbridos, pois os trabalhadores “precisam de alguns dias por semana para orientar e serem orientados”, disse o membro do grupo de pesquisa da escola de negócios ITAM do México, José Maria Barrero.

Troca de experiências no presencial

Enquanto os chefes defendem o valor da orientação pessoal e do desenvolvimento profissional, eles têm pouco para apoiar seus argumentos além de vagas referências ao poder dos chamados “momentos de bebedouro” quando os funcionários se conectam espontaneamente para compartilhar ideias e conselhos.

Agora eles têm os dados do WFH, juntamente com dois novos trabalhos de pesquisa: Um deles, The Power of Proximity (O Poder da Proximidade), argumenta que trabalhar no mesmo prédio “tem um efeito descomunal” no treinamento dos funcionários.

Esse efeito é ainda mais significativo para os trabalhadores mais jovens, de acordo com o estudo, de autoria das economistas do Federal Reserve Bank de Nova York, Natalia Emanuel, da Universidade de Iowa, Emma Harrington e de Harvard, Amanda Pallais.

“Trabalhadores mais velhos que não voltam ao escritório podem reduzir o acúmulo de habilidades dos trabalhadores mais jovens”, escreveram as economistas, que estudaram mais de mil engenheiros de software entre agosto de 2019 e dezembro de 2020. “Isso pode ser particularmente importante porque os jovens trabalhadores aprendem mais no trabalho, se beneficiam mais da proximidade e são muito mais propensos a desistir quando a proximidade é perdida.”

Promoções

O estudo também concluiu que quando os funcionários têm mais interações face a face com seus gerentes, são promovidos a uma taxa maior.

“As interações sociais dos funcionários com seus gerentes podem ser vantajosas para suas carreiras”, escreveram os autores, e esse fenômeno poderia explicar um terço da discrepância de gênero nas promoções na grande empresa financeira que estudaram.

Com informações do Valor Econômico

Fonte: Contábeis

 
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